sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lindo...

Em meio as lidas de e-mail e as faxinas dele, achei lindo um texto do jornalista Arnaldo Jabor... vi que o texto passa muito do que penso, sinto, ouço, do que acredito; o cara é fera... 
deleitem-se com o texto...

Crônica do Amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não  fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor

Mais uma pra educação...

Volto a escrever sobre minhas angustias em sala de aula.

Ontem em um conversa com meu amigo Mestre Getúlio Botelho, falei sobre algumas coisas que "mudaram" dentro das nossas escolas, mas que realmente na prática, não houve nenhuma transformação.

 Comentei com ele, que, sinceramente não entendo o porquê de terem tirado a alfabetização da educação infantil, colocando-a no ensino fundamental de nove anos e dizendo que o aluno tem três anos para ser alfabetizado, ou seja, do primeiro até o terceiro ano ele será alfabetizado, se não vejo isso acontecer.

Como ele não é mais reprovado e nem faz a "tão temida prova" ele acaba sendo jogado de uma série pra outra, sem a preocupação se ele realmente está apto pra seguir.  Não estou aqui dizendo que só se avalia com prova, até porque creio que essa não é a única e muito menos a melhor forma  de se avaliar a aprendizagem do aluno, isso de faz a cada conversa, a cada diálogo, diariamente e constantemente.

O Profº Getulio me disse que em sua dissertação discutiu exatamente isso, o que deveria ter mudado, não mudou. O aluno passa por cada etapa pra ser alfabetizado, podendo ser no primeiro ano, o que seria maravilhoso, caso não consiga, continuará no segundo e será concluido no terceiro. Dentro da pesquisa que ele fez, constatou que isso não ocorreu, por diversos fatores: desintessere do professor, do aluno, da família, do sistema, enfim não quero encontrar culpados, mas sim dizer que não fizeram o que deveria ser feito, passando o aluno para o nível seguinte, onde no meu ver, ele ainda não tem condições de estar.

Tenho 19 alunos, com faixa etária que varia de 08 a 21 anos, desses meus dezenove, uns doze não são alfabetizados, tendo que ir do início da alfabetização, com as consoantes, as sílabas... agora me diz como eles só vão ficar retidos agora no terceiro ano se não forem alfabetizados, eles não vão ter que ser alfabetizados em um ano? 
 Teve mudança? 
 Na pesquisa do Mestre Getulio, as professoras disseram a mesma coisa, elas continuam fazendo provas pra avaliar o desenvolvimento do aluno, eles continuam chegando ao terceiro, quarto ano e quinto sem saberem ler... coisa que já acontecia...

Mudanças?

Me mostre onde... 

Não reclamo de alfabetiza-los, sinto até que tem situações que serão um grande desafio pra mim, enquanto pedagoga e quero enfrenta-la, mas... só sinto que muita coisa piorou... e vamos ter muito trabalho para reconstruir.

domingo, 25 de setembro de 2011

Aonde vamos parar?

Ontem me angustiou algumas sitauções vividas pelos professores em sala de aula.

Em meio a uma reunião pedagógica com a diração, coordenação e professores da escola que trabalho, fiquei refletindo como anda a educação de nossas crianças.

Quando abordamos o tema dificuldades enfrentadas em sala de aula, diversos professores expressaram suas preocupações, e pude notar nas falas dos meus colegas e dentro da minha prática pedagógica que a situação dentro da escola, vai mudando cada dia mais, e é cada vez pior os acontecimentos.

É aluno desrespeitando professor, é família que deixa a criança largada ao léu, deixando seu papel de educação e passando essa que também é sua responsabilidade exclusivamente para a escola, se esquecendo que a primeira educação vem de casa. è lá que temos os primeiros valores, os conceitos do que é certo ou do que é errado, o ensino do que significa ter respeito, amor, solidariedade e falar a verdade.

Vejo a escola de hoje e a escola de quando eu era criança, e fico pensando naquela época não havia aluno de nove anos ameaçando a professora, dizendo que vai pegar a arma do pai (que realiza atividades ilícitas) e matar a professora; ou mesmo alunos de treze, quatorze e quinze anos fumando escondido dentro do banheiro da escola na hora do recreio; ou mesmo o que acontece na minha turma, onde um não pode tocar ou esbarrar no outro que já é motivo pra começar uma briga.

Noto muito nas turmas a falta de respeito entre eles, se tratando de forma bruta e ignorante, e olha que não é por falta de conselhos ou de conversas, porque tanto a coordenadora quanto eu fazemos isso. Me sinto com os pés e mãos atadas.

Então me pergunto...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pensamentos antigos v. 01

Tenho guardardo algumas coisas que escrevi quando era adolescente, alguns pensamentos, alguns devaneios, entre outras coisas... aí vai um deles escrito em 2002...

Saudades

Sinto saudades de você
Quando me levanto
Queria te ter ao meu lado
Para lhe dar um beijo de bom dia...

Sinto saudades de você
Quando chove
Queria que estivesse ao meu lado
Para me aquecer com seu corpo...

Sinto saudades de você
Quando passo por dificuldades
E você não está ao meu lado
Para me dar a força que preciso...

Sinto saudades de você
A todo instante, se pudesse,
Você estaria ao meu lado o tempo todo
Para sempre te dizer:
“Eu te amo!...

02-11-02

domingo, 4 de setembro de 2011

Cicatriz

É incrivel como tem coisas que marcam profudamente a nossa vida...
                                                     
                   ... uma música      
                      

                                           
.... uma data comemorativa
                                            
                             



                                                                     ... um lugar
                                                                  


                                                                                 

                                                                                         ... uma pessoa
                         



 
                                       ... um sentimento
... um caminho....


Em cada instante da vida, somos marcados, seja de forma positiva ou negativa... algo que muitas vezes vai além da nossa compreensão... deixando marcas inimagináveis...